Ténis Português em destaque: Lusos brilham em Brasov e na Figueira da Foz

                                                                Por António Vieira Pacheco
Português em alta na Roménia.
Créditos: Direitos Reservados. Frederico Silva em ação

Frederico Silva reencontra a tranquilidade em Brasov

Frederico Silva, o discreto talento caldense que tantas vezes desenhou vitórias com a calma dos sábios, voltou a sorrir nos courts da Roménia. Esta quarta-feira, selou passagem para os quartos de final do torneio Challenger de Brasov, confirmando que o regresso à boa forma não é um acaso, mas sim o fruto de um percurso paciente e resiliente.

Diante do lituano Edas Butvilas (252.º ATP), Frederico impôs-se com firmeza por 6-4 e 6-3, num duelo onde o seu ténis voltou a brilhar — com a serenidade de quem conhece o caminho. A solidez do serviço, a leitura inteligente do jogo e a tranquilidade nas trocas longas fizeram a diferença, num triunfo que devolve confiança e projeção ao tenista português.

Aos 31 anos, e com um percurso feito de altos, baixos e sempre muito trabalho, Frederico parece reencontrar o equilíbrio que outrora o levou ao top 200 mundial e a vestir as cores nacionais nas maiores arenas.

Brasov trouxe-lhe mais do que uma vitória. Trouxe a sensação de casa, aquela que os jogadores sentem quando o corpo responde bem, o jogo flui e os objetivos parecem novamente ao alcance da mão. Foi somente o segundo acesso a quartos de final em 2024, mas talvez o mais significativo: pela forma, pela maturidade e pela leveza com que o conseguiu.

O próximo adversário ainda é uma incógnita. Mas o que é certo é que o caldense volta a estar entre os oito melhores de um torneio Challenger, num piso que favorece a sua cadência e leitura de jogo.

A viagem continua. E, com ela, a esperança de que os grandes dias ainda tenham capítulos por escrever.

Portugal em força na Figueira: nove tenistas nos oitavos

A brisa atlântica sopra ligeira sobre a cidade da Figueira da Foz, mas é nas linhas brancas do court que se desenha o presente promissor do ténis nacional. No Figueira da Foz, nove tenistas portugueses marcam presença nos oitavos de final — mais de metade dos jogadores ainda em prova.

Num torneio que conjuga história, mar e ambição, o ténis luso respondeu com intensidade. Três embates entre compatriotas garantem, desde já, três presenças nacionais nos quartos de final. Mas os olhos estão postos mais além: há talento suficiente para ambicionar a vitória no domingo.

O regresso sereno de Gastão Elias

Gastão Elias, nome grande do ténis português, regressou à competição com uma vitória expressiva. Após 42 dias afastado dos courts devido a uma rotura muscular na coxa esquerda, o jogador da Lourinhã reapareceu com autoridade ao derrotar o espanhol Daniel Lara Salmeron (2037.º ATP) por 6-0 e 6-1, em apenas 50 minutos de jogo.

A jornada de quarta-feira sorriu aos lusos. Além de Gastão Elias, Tiago Pereira, Pedro Araújo, João Domingues e Daniel Batista avançaram para os oitavos de final com exibições sólidas. A consistência e o foco revelam-se em campo — e nas entrelinhas do futuro.


 

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