Borges escalou montanha em Monte Carlo

                                                            Por António Vieira Pacheco

Na rolets saiu o oitavo do mundo para o Lidador.
Créditos: ATP. Lidador tornou-se um maratonista rumo aos oitavos de final.

Nuno Borges, com a alma de um maratonista e a resistência de um guerreiro, escreveu mais um capítulo memorável na sua ascensão como tenista. O Lidador, número 43 do ‘ranking’ mundial, venceu o espanhol Pedro Martínez, 51.º, num duelo épico de três horas e 11 minutos no ATP Masters 1000 de Monte Carlo. O resultado foi 7-5, 6-7 (4) e 6-4, num encontro que foi uma verdadeira montanha-russa emocional.

E o seu espírito combativo foi notário. Parciais que falam por si, mas que na sua essência carrega algo mais: o feito de quem não se entrega, de quem sobe as encostas mais íngremes, desafiando não só o adversário, mas também a si próprio.  

Agora, à porta dos quartos de final, o maiato terá um adversário difícil pela frente: Stefanos Tsitsipas. O grego, oitavo do ‘ranking’, é o atual campeão do torneio e tem sido o rei da terra batida em Monte Carlo, vencendo três das últimas quatro edições. O último confronto entre eles, em Roma, sorriu ao helénico, que venceu por um duplo 6-3.

Mas o Lidador não se intimida. O que é uma montanha para ele, é só mais uma subida a ser conquistada. O seu espírito de luta e resistência são maiores do que qualquer adversário. Que venham os desafios, porque Borges sabe que é na luta constante que se forja a verdadeira grandeza.

O grego, que tem sido um habitual vencedor em Monte Carlo, é um gigante da terra batida, com um jogo que dança entre a precisão e a força. O último confronto entre os dois terminou em terras romanas, com vitória de Tsitsipas, mas Borges não é de se deixar abalar. Ele já mostrou que as dificuldades não o afastam, mas o inspiram.

O futuro do maiato ainda é incerto no torneio, mas uma coisa é clara: quando o adversário for uma montanha, ele será o maratonista que quererá subir até ao topo.


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