Henrique Rocha cai de novo na relva onde se veste de branco
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Créditos: ATP Tour. Novamente, o portuense não passou o qualifying em Wimbledon. |
Adeus Wimbledon, até ao próximo ano!
Na catedral sagrada do ténis, onde os
sonhos deslizam sobre relva e se veste de branco como quem entra em silêncio
num templo, Henrique Rocha voltou a sair em tons de despedida. Um ano
após ter sentido o mesmo amargo sabor, o jovem português (158.º ATP) foi
novamente travado na segunda ronda do qualifying de Wimbledon, em Roehampton,
diante da consistência madura do chileno Tomás Barrios Vera (107.º). O marcador
— 6-4 e 6-3 — contou a história de um duelo onde a vontade não foi suficiente
para romper o equilíbrio adversário. Foi também a desforra do sul-americano,
que perdera os dois confrontos anteriores com o português.
Rocha não arranjou o antídoto certo
Na primeira dança sobre a relva, Rocha
viu-se cedo em desvantagem: o segundo jogo do seu serviço foi quebrado, e com
ele esfumou-se a paridade. Barrios Vera, sereno, limitou-se a manter a margem
até ao fim do ‘set’. No segundo parcial, as esperanças reacenderam-se, mas
foram breves: duas quebras sofridas e uma única oportunidade de resposta — que
não se concretizou — bastaram para selar o destino do português.
Foi uma partida onde, mais do que
falhas gritantes, se notou a diferença subtil da experiência e da eficácia. Rocha,
de 20 anos, voltou a cair na ronda intermédia do qualifying, tal como em 2023 —
então após vencer o compatriota e amigo Jaime Faria na estreia.
A hera de Wimbledon segue indiferente
à juventude dos sonhos. Mas Rocha há de regressar. E um dia, talvez,
pisará o court 1, com o branco vestindo o corpo — e o verde a não lhe pedir
desculpa.
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