Apagão trava Pedro Araújo no Estoril Open

                                                                Por António Vieira Pacheco

Lisboeta travado pelo apagão na primeira ronda do qualifying.
Créditos: Millennium Estoril Open. Pedro Araújo sem ideias.

Pedro Araújo voltou esta segunda-feira à terra batida do Millennium Estoril Open para alcançar, pela primeira vez, o quadro principal do torneio ATP português. Contudo, tal como em edições anteriores, a esperança esfumou-se logo na ronda inaugural do qualifying.

O lisboeta, atualmente no 408.º lugar do ‘ranking’ ATP, teve pela frente o italiano Giulio Zeppieri (334.º). Apesar de uma entrada determinada, Araújo não conseguiu contrariar o favoritismo adversário, acabando derrotado em dois ‘sets’ rápidos: 6-2 e 6-2, ao fim de somente uma hora e cinco minutos.

Uma entrada promissora, mas sem concretização

O encontro começou com sinais positivos por parte do português, que chegou a dispor de oportunidades para quebrar o serviço de Zeppieri logo nos primeiros jogos. Mostrou-se agressivo, confiante na troca de bolas e determinado a deixar boa imagem perante o público presente no Estádio Millennium.

No entanto, a consistência do italiano fez a diferença. Zeppieri manteve-se firme nos momentos-chave e soube capitalizar os erros não forçados de Araújo. Com duas quebras de serviço, o transalpino fechou o primeiro ‘set’ com relativa tranquilidade.

Segundo ‘set’: reação breve e insuficiente

No segundo parcial, Pedro Araújo ainda deu sinais de recuperação. Conseguiu finalmente quebrar o serviço de Zeppieri e passou momentaneamente para a frente. Por instantes, o jogo ganhou outra cor e parecia possível uma reviravolta.

Mas o italiano reagiu de imediato. Com um ténis mais sólido e eficaz, venceu os cinco jogos seguintes, anulando por completo a tentativa de recuperação do português e selou a passagem à ronda seguinte do qualifying.

Um futuro ainda em construção

Com esta derrota, Pedro Araújo volta a despedir-se cedo do Millennium Estoril Open, tal como já acontecera em 2022, quando esteve perto do apuramento para o quadro principal. Apesar dos resultados recentes, o jovem tenista português continua em fase de crescimento e acumular experiências em torneios desta dimensão é essencial para o seu desenvolvimento.

O caminho é exigente, mas cada passo conta — mesmo os que terminam em tropeços. Para já, o lisboeta terá de esperar por uma nova oportunidade de mostrar o seu valor no circuito profissional.

A eliminação do lisboeta junta-se à de João Graça, outro tenista português que também caiu na ronda inaugural do qualifying. O Millennium Estoril Open começou assim com um cenário difícil para o contingente nacional, que ainda deposita esperanças nos principais representantes já apurados para o quadro principal.

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