Guimarães, cidade de ténis e sangue: Francisca Jorge a um passo da revalidação

                                                          Por António Vieira Pacheco

A mais velha das irmãs Jorge defende título na Cidade Berço.
Créditos: FPT: Kika festeja mais um triunfo na sua terra natal.

A coroa balança em casa: Francisca na final, Matilde à espreita

Em Guimarães, onde as pedras contam histórias e as raquetas sussurram destino, Francisca Jorge deu mais um passo firme — e íntimo — rumo à revalidação do seu trono. A número um nacional somou a nona vitória consecutiva em casa, afastando a jovem promessa norte-americana Clervie Ngounoue (242.ª WTA) com os parciais de 6-1 e 7-5, num embate de nervo, precisão e orgulho.

Foi nesta mesma terra, há um ano, que Francisca escreveu um dos capítulos mais importantes da sua carreira, conquistando o ITF W75 que agora desceu de estatuto. Este ano, menos pontos, mas a mesma sede. O título vale menos no papel, mas pesa tanto ou mais no coração.

Francisca chegou a Guimarães com a coroa — agora, pode ter de a passar à irmã.
Matilde Jorge, campeã em Montemor-o-Novo e semifinalista também neste torneio, está a um triunfo de subir a irmã no ‘ranking’ e assumir, pela primeira vez, o estatuto de número um de Portugal. Tudo depende do que Matilde fizer neste sábado.

Se ambas vencerem as meias-finais, o Dotmoovs Guimarães Ladies Open 2025 terá um final poético e fraternal: uma segunda final consecutiva entre irmãs, depois da que aconteceu em Montemor no domingo passado, onde Matilde triunfou com autoridade.

Guimarães pode voltar a assistir, não só a uma final, mas a uma espécie de espelho competitivo entre irmãs que carregam o mesmo sangue, o mesmo clube, o mesmo país. Um duelo de gerações dentro da mesma casa.


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