Mensagens

Destaque do Universo dos Desportos de Raquetas

Henrique Rocha dobra o Cabo das Tormentas no US Open

Imagem
🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  ATP Tour Portuense ultrapassa teste duro rumo à segunda ronda do qualifying do US Open. Após uma terça-feira vibrante em Flushing Meadows, Henrique Rocha seguiu os passos do amigo lisboeta e fez ecoar o orgulho português no qualifying do US Open. Cada ponto parecia um verso, cada ‘set’, uma estrofe, e a tarde nova-iorquina transformou-se numa poesia escrita com raquetes. O portuense venceu o francês Pierre Hugues-Herbert por 6-4, 6-7 (1) e 6-4, avançando com coragem e técnica para a segunda ronda. Durante quase três horas, cada golpe foi uma sílaba, cada smash um ponto de exclamação, até que o último 6-4 selou a sua passagem. No piso rápido do US Open, onde o vento parece sussurrar histórias de glórias passadas, Henrique mostrou ser possível transformar esforço em arte, suor em narrativa. A sua vitória não foi somente um resultado; deixou nas linhas brancas a marca de quem sonha grande e luta com elegância. Em atualização....

Jaime Faria: conquistou a primeira vitória no US Open e o rio que se deixou domar

Imagem
   🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  ATP Tour Jaime Faria entra com a mão direita na cidade onde ninguém dorme. Canhão do Jamor passou primeiro rio À segunda foi de vez. Jaime Faria , lisboeta de 22 anos e número 118 do ‘ranking’ ATP, conquistou em Flushing Meadows o seu primeiro triunfo no US Open. O qualifying, até aqui um obstáculo intransponível, abriu espaço para um triunfo que pode marcar o início de uma nova etapa na sua ainda jovem carreira. O adversário foi o japonês Rio Noguchi (196.º), e o jogo transformou-se numa metáfora perfeita. Um rio bravo, difícil de travar, que parecia prestes a arrastar Faria para fora do torneio logo na estreia.  E primeiro parcial confirmou o receio, com Noguchi a vencer por 6-3. Porém, o número dois português, resiliente como quem não aceita o naufrágio, encontrou ritmo, coragem e serenidade para remar contra a corrente e inverter o destino. Com parciais de 3-6, 6-4 e 6-3, o português não só venceu o...

Borges e a travessia americana: Entre o deserto dos êxitos e a esperança do US Open

Imagem
  🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  ATP Tour Lidador não justificou o estatuto de cabeça de série em Winston-Salem. O adeus precoce em Winston-Salem A travessia pela América do Norte continua a não correr de feição a Nuno Borges . Esta terça-feira, o número um nacional foi eliminado à primeira no ATP 250 de Winston-Salem, onde defendia o estatuto de sétimo cabeça de série. No derradeiro evento de preparação para o US Open, o maiato de 28 anos (atual 42.º no ‘ranking’ mundial) não teve argumentos para o polaco Kamil Majchrzak (78.º) e cedeu pelos parciais de 6-1 e 6-3, num encontro em que nunca conseguiu quebrar o serviço adversário. Foi uma tarde dura, em que o português se viu encurralado numa espiral de erros não forçados e incapacidade de impor a cadência do seu jogo de fundo de court. A travessia norte-americana Este foi já o terceiro torneio disputado pelo número um português desde que aterrou na América do Norte. Primeiro, passou uma ronda no A...

Francisco Cabral escreve nova página em Winston-Salem

Imagem
  🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  ATP Tour e Direitos Reservados Francisco Cabral em ação com salto para a vitória nos Estados Unidos. O primeiro passo no top 30 No dia em que viu o seu nome inscrito pela primeira vez entre os 30 melhores jogadores de pares do mundo, Francisco Cabral não quis deixar comemorar a ocasião. Ao lado de Lucas Miedler, austríaco e parceiro de batalhas recentes, o portuense entrou a vencer no ATP 250 de Winston-Salem, carimbando a passagem aos quartos de final. A vitória, construída com paciência e coração, chegou após quase duas horas de ténis disputado ponto a ponto, frente ao sueco Andre Goransson e ao neerlandês Sem Verbeek. O marcador registou os parciais de 4-6, 7-6 (3) e 10–8, uma reviravolta que espelha a resiliência de quem acredita até ao último instante. Uma dupla em ascensão Cabral e Miedler entraram no torneio como terceiros cabeças de série, e não é por acaso. O português surge no 29.º posto mundial e o aust...

Entre raquetes, redes e egos: o campeonato invisível das famílias

Imagem
🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  Entrar no Mundo das Modalidades  Nos desportos de raquete — ténis, ténis de mesa ou badminton — existem sempre dois jogos em andamento. O primeiro é o oficial, jogado em campo: árbitro, regras, pontos e um vencedor. O segundo, muito mais antigo e inflamado, acontece fora das linhas: nas bancadas, nas mesas de jantar, nas redes sociais e nos corredores dos clubes. É o campeonato invisível das comparações familiares. Geração contra geração O jovem corre rápido, dispara ‘top’ ‘spins’ que deixam adversários à beira da exaustão. Faz as movimentações corretas. Poderia ser motivo de orgulho. Mas, para alguns familiares, o talento não é celebração — é provocação. “Na minha época, não havia estas raquetes com borrachas adaptadas para quaisquer tipo de jogo. Se tivesse tido esse treinador, também chegava ao topo.” O court transforma-se num espelho deformado: cada ponto marcado hoje é medido pela régua de ontem, como ...

Hok In Lam alcança os quartos de final no Gana International 2025 de badminton

Imagem
🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  Federação Portuguesa de Badminton   Início de campanha perfeito para a portuguesa A atleta portuguesa Hok In Lam , de ascendência macaense, garantiu esta quinta-feira um lugar nos quartos de final de singulares femininos no JE Gana International 2025 , prova internacional do circuito da Badminton World Federation (BWF) disputada em Acra, capital do Gana. Na sua estreia, frente à atleta da casa Jennifer Eduam , Hok In Lam não deu hipóteses e venceu claramente por 21–4 e 21–7 . Foi um jogo de domínio total, onde a portuguesa demonstrou superioridade técnica, movimentação ágil no court e um plano de jogo eficaz para neutralizar a adversária. Na segunda ronda , a jogadora portuguesa beneficiou de um walkover —  vitória por falta de comparência adversária — contra Rajab Shamsa Mbira, do Uganda. Sem precisar de disputar o encontro, garantiu automaticamente a passagem para os quartos de final, onde enfrentará ...

Alexandre Bernardo: “Quero ter a oportunidade de jogar nos Jogos Olímpicos”

Imagem
🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  Sayaret Selyan e Direitos Reservados 🎥 Vídeo por: Arquivo de Alexandre Bernardo Alexandre Bernardo celebra com intensidade: punhos fechados, grito de vitória e corpo encurvado. O movimento em cena: Algarvio no court Há atletas que jogam com esforço, e há atletas que dançam quando jogam. Alexandre Bernardo , 17 anos, pertence ao segundo grupo. Não porque abdique do rigor técnico, mas porque cada movimento seu carrega uma cadência que vem de outro lugar. A ambição está sempre lá, contudo, vestida de arte e de trabalho. Inspirado, talvez, pela irmã, Beatriz, bailarina contemporânea e comunicadora nata, Alexandre leva para o badminton algo mais do que agilidade e força.  A família não gosta de comparações, mas a influência está presente. No court, os passos não são só rápidos, são ritmados; o gesto transcende a eficácia para ganhar elegância.  A leveza com que salta, o equilíbrio nos apoios, a fluidez com que...

Tiago Berenguer: “Quero valorizar o badminton em Portugal”

Imagem
      🖋️ Por:   António Vieira Pacheco 📸   Créditos:  Federação Portuguesa de Badminton Da Madeira para o mundo  A raquete como leme Na Madeira, onde o mar e a montanha vivem num abraço constante, nasceu um campeão nacional de badminton: Tiago Berenguer. Nesta ilha, o vento não sopra exclusivamente nas falésias — sopra também nos sonhos. Com somente 16 anos, carrega esse vento nas mãos e na raquete. Campeão nacional de seniores em 2024, medalhado em Campeonatos da Europa de juniores e líder no ‘ranking’ europeu da sua categoria, a sua trajetória é um farol de ambição a emergir do Atlântico. A sua história começou antes dos títulos, com a curiosidade de um menino que seguia o pai, Cosme Berenguer — treinador e farol — pelas competições. Era ali, entre redes montadas e volantes voando, que se formava o jovem atleta. O som seco da raquete a bater no volante misturava-se com as ondas ao longe, como se cada treino fosse também um diálogo com o...