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Destaque do Universo dos Desportos de Raquetas

Jaime Faria: Não foi o meu melhor dia”

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  Créditos: Direitos Reservados. Canhão do Jamor saltou fora de Wimbledon.  Estreia entre sombras e promessas A relva é um palco traiçoeiro. Brilha ao sol de Londres, mas escorrega ao menor desequilíbrio interior. Jaime Faria chegou a Wimbledon como um jovem que ousa sonhar — e, por isso mesmo, com o coração à flor da pele. Estreava-se no quadro principal do mais tradicional torneio do mundo, mas o dia não correu como desejava. Frente ao italiano Lorenzo Sonego, o lisboeta de 21 anos caiu por 6-3, 6-4 e 6-2 numa manhã em que nunca conseguiu soltar-se. Na saída do All England Club, a sensação era de peso. De frustração, mas também de aprendizagem. “Não foi o meu melhor dia. Estive muito em baixo animicamente e não tive a atitude certa para enfrentar este jogo” , admitiu, em declarações, ao Raquetc . “Houve momentos em que acreditei, mas ele esteve muito bem e dominou os pontos. O encontro define-se pela qualidade dele nesses momentos e pela minha falta de reação.” Soneg...

Federação Portuguesa de Badminton: História e futuro

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                                                                                                                Por António Vieira Pacheco Créditos: FPB. Mais um ano que a modalidade comemora o seu aniversário. Um marco de história e paixão Hoje, a Federação Portuguesa de Badminton (FPB) celebra mais um ano desde a sua fundação em 1954. Mais do que uma data, este momento simboliza a dedicação de gerações que, ao longo de sete décadas, têm trabalhado para que o badminton cresça e se firme em Portugal, entre atletas, treinadores, árbitros, dirigentes, clubes e associações. É um dia para recordar, honrar quem fez parte da história e olhar com esperança para...

Ténis de Mesa em Portugal: Falta visibilidade

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Por António Vieira Pacheco A poesia escondida num jogo de sombras O ténis de mesa, com as suas trocas rápidas e sinfonias de movimentos coreografados, é um desporto que exige mais do que reflexos: exige alma. Em Portugal, essa modalidade vive numa espécie de exílio silencioso, afastada das luzes que iluminam os palcos principais do desporto nacional. Mas por quê? Como um jogo de precisão, tática e paixão tornou-se tão invisível? Na mesa, cada jogada pode ser uma obra de arte. No entanto, no panorama mediático português, a modalidade raramente aparece. Não por falta de talento ou resultados, mas por uma conjugação de fatores estruturais, culturais e estratégicos. Falta uma narrativa forte, falta tempo de antena, faltam olhos a ver e ouvidos a escutar. Estruturas pequenas, paixões gigantes Em Portugal, o ténis de mesa sobrevive à custa de clubes, treinadores dedicados e dirigentes locais, muitas vezes voluntários. Esses projetos vivem de orçamentos mínimos e de uma paixão que ...

Jaime Faria eliminado na estreia em Wimbledon 2025

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                                                                                            Por António Vieira Pacheco Créditos: ATP Tour. Canhão do Jamor não esteve eficaz e encravou na primeira ronda de Wimbledon. Derrota clara frente a Lorenzo Sonego Jaime Faria despediu-se esta terça-feira, prematuramente, da edição 2025 de Wimbledon. No seu primeiro encontro no quadro principal do torneio londrino, o jovem português de 21 anos cedeu perante a experiência e solidez do italiano Lorenzo Sonego, que venceu com autoridade pelos parciais de 6-3, 6-4 e 6-2, num duelo disputado no Court 8 do All England Club. O Canhão do Jamor chegou à relva inglesa embalado por três vitórias firmes no qualifying, mas não consegu...

Nuno Borges:“Quero desfrutar, pois estou em Wimbledon”

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                                                                               Por António Vieira Pacheco Créditos: ATP Tour. Nuno Borges de joelhos a comemorar o primeiro triunfo em Wimbledon. Quando o passado regressa, mas em paz Wimbledon tem memórias para Nuno Borges — algumas difíceis de apagar. Em 2023, lesionou-se contra Francisco Cerúndolo, num dos courts sagrados do All England Club. Dois anos depois, reencontra o mesmo adversário, num palco vizinho, mas com um desfecho totalmente diferente: vitória por 4-6, 6-3, 7-6 (5) e 6-0, a primeira de sempre na relva londrina. “Foi muito emocionante”, confessou. “Joguei com o Francisco há dois anos e lesionei-me dois courts ao lado daquele. Teve um significado especial ultrapassar este desafio na cated...

Nuno Borges vence e faz história: Portugal conquista Wimbledon

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                                                                        Por António Vieira Pacheco Créditos: Raquetc. Nuno Borges festeja a primeira vitória em Wimbledon. Um dia para nunca esquecer Nuno Borges (37.º ATP) jamais esquecerá esta segunda-feira quente em Londres. Num daqueles dias em que o destino parece querer escrever uma nova página, o tenista português superou o argentino Francisco Cerúndolo (19.º) por 4-6, 6-3, 7-6 (5) e 6-0, celebrando, com alma e raquete, a primeira vitória da carreira no quadro principal de Wimbledon. É mais do que um simples triunfo. É uma afirmação. Um cortejo de talento português no templo da relva. Dois anos depois, a vingança chegou com elegância O reencontro entre Borges e Cerúndolo carregava história. Em 2023, haviam medid...

O poder dos votos no ténis de mesa

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                                                                           Por António Vieira Pacheco Créditos: Direitos Reservados. Na FPTM, o poder escuta quem vota. Os outros são peões no tabuleiro. A influência está concentrada principalmente nas pessoas que votam — enquanto as demais vozes têm menor visibilidade. No ténis de mesa português, a verdade mais sincera é também a mais amarga: no fim, só interessa quem vota. Tudo o resto — a paixão, o suor, a dedicação, as ideias — esconde-se atrás de um silêncio pesado, como se não passasse de um eco distante numa sala onde só se escuta o tilintar dos votos a cair. Como se distribuem os votos? Quando olhamos para o colégio eleitoral da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM), vemos, presentemente, 45 votos para ...

A primeira fissura na Direção da FPTM: um cargo que não durou sete luas

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                                                                              Por António Vieira Pacheco CrCréditos: Direitos Reservados. Quase sete luas passaram, e com elas um ciclo acabou antes de se firmar.    Reflexões sobre a curta travessia do vice-presidente administrativo da FPTM No xadrez institucional do desporto, cada peça tem o seu lugar — e cada movimento, por mais discreto, tem um impacto que se faz sentir. Foi, por isso, com natural surpresa que, passados um pouco mais de seis meses da tomada de posse, se confirmou a saída do Vice-Presidente Administrativo da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM). Não houve comunicados extensos, nem curtos. Nenhuma explicação pública ou palavra formal que desse corpo ao gesto. A saí...