Henrique Rocha regressa de Nova Iorque e prepara-se para novo desafio

🖋️Por: António Vieira Pacheco

📸 Créditos: ATP Tour

⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos

Portuense é cabeça de cartaz no CT Porto Open.
Após deixar escapar o pássaro na mão em Nova Iorque, Rocha regressa ao Porto com ambições.

                         De Nova Iorque para a Invicta

Menos de uma semana após ter falhado por pouco o acesso ao quadro principal do US Open, Henrique Rocha já tem novo objetivo em mente. O tenista portuense, atualmente 168.º classificado do ‘ranking’ ATP, vai competir no Challenger do Porto, que decorrerá na cidade invicta a partir da próxima semana.

Rocha, de 21 anos, recebeu um wild-card para o quadro principal, após ter caído na última ronda do qualifying em Flushing Meadows. Apesar de ter ficado em posição de entrar como lucky loser, as desistências não foram suficientes, obrigando-o a regressar a casa mais cedo do que desejava. Ainda assim, a oportunidade de competir perante o público português surge como motivação extra.

Cabeça de série em destaque

No Challenger da Cidade Invicta, Rocha será o terceiro cabeça de série, somente atrás do brasileiro Thiago Seyboth Wild (140.º ATP) e do neerlandês Guy den Ouden (157.º ATP). A posição no sorteio garanta-lhe, em teoria, um caminho menos exigente nas primeiras rondas, mas o nível competitivo do torneio promete grande equilíbrio.

Portugal contará ainda com Frederico Silva (262.º ATP), designado oitavo cabeça de série, e Tiago Pereira (283.º ATP), que também assegurou entrada direta no quadro. A presença de vários portugueses entre os principais nomes aumenta o interesse do público e reforça a ambição de ver jogadores nacionais em fases adiantadas da competição.

Histórico recente no Porto

O regresso de Rocha ao Challenger portuense transporta inevitavelmente memórias da edição anterior. Em 2023, também após competir em Nova Iorque, o portuense conseguiu vencer o seu encontro inaugural antes de ceder, em três ‘sets’, na segunda ronda.

Já em julho deste ano, no Eupago Porto Open — o outro torneio Challenger disputado na cidade, mas nos courts rápidos do Complexo do Monte Aventino — Rocha atingiu os quartos de final.

A ligação emocional à cidade, aliada ao apoio dos adeptos, pode constituir uma vantagem motivacional no seu regresso.

Um percurso em afirmação

Rocha afirma-se como um dos nomes fortes da nova geração do ténis português. Número três nacional, atrás somente de Nuno Borges e Jaime Faria, já soma resultados expressivos no circuito secundário da ATP.

Em março de 2024 conquistou o seu primeiro título Challenger, em Múrcia (Espanha), e poucos meses mais tarde voltou a atingir uma final em Bratislava. Estes resultados confirmaram o seu crescimento competitivo e a capacidade de lutar por objetivos cada vez mais ambiciosos.

O salto qualitativo alcançado no último ano coloca-o na rota de um futuro ingresso no top 100 mundial, meta ambicionada tanto pelo próprio quanto pela estrutura técnica que o acompanha.

Mais portugueses em ação

Para além de Rocha, o torneio contará com outros protagonistas lusos. Os convites restantes para o quadro principal foram atribuídos a Pedro Araújo (496.º ATP) e Francisco Rocha (810.º ATP), irmão mais velho de Henrique. A participação dos dois, a par de Frederico Silva e Tiago Pereira, garante pelo menos cinco representantes portugueses na prova.

Este dado reflete não unicamente a aposta da organização em valorizar o talento nacional, mas também a importância estratégica destes torneios para o desenvolvimento dos jogadores portugueses. Competir em casa, contra adversários internacionais de elevado nível, é uma oportunidade preciosa para acumular pontos e experiência.

Expectativas e perspetivas

Este torneio surge como mais um teste à solidez e à maturidade do número três português. Após a desilusão de Nova Iorque, o jovem atleta terá de transformar a frustração em combustível competitivo. A entrada como cabeça de série dá-lhe margem para sonhar com uma boa campanha, mas cada encontro será um desafio exigente.

Independentemente do desfecho, o torneio é mais um passo na caminhada de afirmação do portuense no ténis mundial.

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