A importância e o ritmo do ‘ranking’ nacional de atletas no Ténis de Mesa

                                                          Por António Vieira Pacheco

Participa em provas pontuáveis para o ranking nacional.
Créditos: Direitos Reservados: Atletas em prova em busca de pontos para o ‘ranking’ nacional.

Há um compasso escondido nas pancadas rápidas de uma bola sobre a mesa. Um ritmo que pulsa nos pavilhões de norte a sul de Portugal, ecoando sonhos, ambições e lutas silenciosas. No universo do ténis de mesa português, onde o talento desliza em cada serviço e a disciplina molda o futuro, existe uma métrica invisível que tudo ordena: a classificação dos atletas.

Muito mais do que uma simples lista de nomes e números, a tabela nacional é um reflexo vivo do esforço e da consistência. É o reconhecimento da superação, um espelho onde cada ponto ganho é também um passo em direção a metas maiores. Neste artigo, mergulhamos na alma deste sistema e na importância que ele tem na vida dos nossos atletas.

O que é o ‘ranking’ nacional?

O ‘ranking’ nacional é uma classificação oficial, organizada pela Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM), que visa posicionar os atletas conforme o seu desempenho nas competições reconhecidas. Tal como uma bússola para navegadores, a tabela orienta o percurso dos jogadores, desde os primeiros passos até aos grandes palcos internacionais.

Os ‘rankings’ estão divididos por escalões etários e género:

  • Sub-11
  • Sub-13
  • Sub-15
  • Sub-19
  • Seniores
  • Veteranos

Cada categoria tem classificações masculinas e femininas. Esta divisão não é somente organizacional — ela reconhece o percurso de desenvolvimento e a evolução técnica dos atletas, respeitando o tempo e o crescimento de cada um.

Para que serve?

É o ‘ranking’ que determina:

— Os cabeças de série nos torneios, evitando confrontos prematuros entre os melhores atletas;

— O apuramento para provas nacionais, como os Campeonatos Nacionais;

— A base para convocatórias da seleção nacional;

— A visibilidade junto dos clubes e a possível entrada em projetos de alto rendimento.

Assim, cada posição conquistada representa não somente um número, mas também a possibilidade de viver experiências únicas, de vestir a camisola nacional e de levar o nome de Portugal mais longe.

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Como são atribuídos os pontos?

O sistema de pontuação é pensado para premiar o mérito e a consistência. Os pontos são atribuídos com base na classificação final de cada atleta em provas oficiais homologadas pela FPTM:

Torneios Nacionais

Campeonatos Nacionais

Provas Regionais reconhecidas

Provas Internacionais (com ponderações específicas)


Quanto maior a importância da prova, mais pontos estarão em jogo. Por exemplo, vencer um torneio nacional pode valer 100 pontos, enquanto alcançar os oitavos de final pode render 25 pontos. Já em torneios regionais, a pontuação tende a ser mais baixa, mas ainda assim significativa para a evolução dos atletas.

A FPTM aplica ainda coeficientes de correção, que ajustam a pontuação conforme:

  • Número de participantes
  • Nível da prova
  • Desempenho global do atleta

 

Este sistema pretende equilibrar o mérito e criar uma competição justa e estimulante.

Atualizações frequentes e ‘ranking’ dinâmico

A atualização do ‘ranking’ é feita mensalmente e divulgada no site oficial da FPTM. É aqui que o dinamismo se destaca: apenas as cinco melhores pontuações de cada atleta ao longo da época são consideradas para o ‘ranking’.

Este pormenor é essencial. Não é necessário estar presente em todas as provas, mas sim fazer a diferença nas competições certas. A qualidade do desempenho prevalece sobre a quantidade. Assim, a classificação nacional reflete verdadeiramente a forma atual de cada jogador.

Além disso, a FPTM pode realizar ajustes retroativos em casos de desqualificações ou correções de resultados, garantindo sempre a transparência e a justiça do sistema.

O impacto do ‘ranking’ na carreira dos atletas

Um bom posicionamento é mais do que uma honra: é uma alavanca para novas oportunidades. Pode significar:

  • Entrar diretamente nas fases avançadas das provas;
  • Ser convocado para estágios e competições internacionais;
  • Receber apoios ou bolsas desportivas;
  • Atrair o interesse de clubes ou patrocinadores.

 

Por trás de cada linha do ranking há histórias de sacrifício, treinos ao amanhecer, viagens longas e vitórias suadas. A classificação transforma-se, assim, num símbolo de reconhecimento e motivação.

Onde consultar o ranking?

O ranking está disponível para consulta pública em:

www.fptm.pt > Secção "Rankings"

Aplicações de torneios como Tournament ‘Software’

Nesses lugares, é possível verificar:

Nome do atleta

Clube

Escalão

Pontuação acumulada

Número de provas consideradas

 

A cada mês, milhares de atletas e treinadores consultam estas tabelas — não apenas para celebrar, mas também para traçar metas e ajustar o planeamento competitivo.

Dicas para subir no ‘ranking’: estratégia e resiliência

Subir no ‘ranking’ não é um acaso. Exige planeamento, autoconhecimento e disciplina. Eis algumas sugestões práticas:

1.    Participar com regularidade em torneios homologados, sobretudo os de maior pontuação;

2.    Selecionar provas estratégicas, com boa possibilidade de progressão;

3.    Planear bem a época desportiva, equilibrando competição e recuperação;

4.    Estudar adversários e trabalhar com um treinador experiente;

5.    Gerir emocionalmente as derrotas, transformando-as em combustível para crescer.

Cada ponto conquistado é uma vitória invisível. Cada lugar ganho na pauta representa semanas de treino, sacrifícios pessoais e foco absoluto.

A beleza de um sistema meritocrático

Num tempo em que muitas portas se abrem por influências externas, o ‘ranking’ nacional é uma ode à meritocracia. Aqui, quem trabalha mais e melhor recolhe os frutos. O que conta são os pontos conquistados em campo, com raquete na mão e nervos de aço.

É uma forma de justiça silenciosa, onde não há atalhos, apenas a linha reta do esforço. Cada posição alcançada é uma conquista pessoal — e também coletiva, pois cada atleta eleva consigo o nome do seu clube, da sua cidade e do desporto português.

Uma escada feita de pontos e sonhos

O ‘ranking’ nacional de ténis de mesa em Portugal é muito mais do que uma lista. É uma escada simbólica, onde cada degrau representa dedicação, paciência e paixão pelo jogo.

Compreender como funciona este sistema é um passo essencial para quem sonha alto. Para os jovens atletas, é uma ferramenta estratégica. Para os treinadores, é uma bússola. E para o desporto, é uma celebração contínua do mérito e da superação.

Em cada ponto disputado, em cada subida na classificação, pulsa a verdade do desporto: só cresce quem trabalha, só brilha quem persiste.

Qual é a sua experiência com o ‘ranking’ nacional? Conte-nos nos comentários ou envie-nos a sua história!

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