De Vilnius para o Jamor

                                                             Por António Vieira Pacheco

Sem tempo para descansar.
Créditos: FPT. Francisca Jorge com tarefa árdua na estreia.

Do frio báltico à brisa amena do Tejo, mal pousam os pés em Lisboa e já sentem o pó do Jamor a chamá-las. Francisca Jorge, Matilde Jorge, Inês Murta e Angelina Voloshchuk não têm direito a descanso — somente à urgência de quem sonha alto e sabe que o tempo não espera.

Trazem ainda nos olhos o reflexo dos courts de piso rápido indoor de Vilnius, onde escreveram mais uma página bonita para o ténis português, carimbando a subida na Billie Jean King Cup. Agora, viram a página. É tempo de Oeiras.

O sorteio, implacável, lançou-as aos leões. Francisca, a mais velha das irmãs Jorge, enfrentará Anna Bondar, antiga top 50. Inês Murta cruza raquetas com a campeã em título, Cocciaretto, que chega com o favoritismo estampado na camisola. Matilde, a mais jovem das irmãs, medirá forças com a suíça Waltert — e quem sabe não haverá reencontro luso na ronda seguinte. Voloshchuk, a última do quarteto, tentará surpreender a sérvia Nina Stojanovic.

E enquanto o Jamor se veste de WTA 125 pela segunda vez, nomes maiores como Alexandra Eala, do top 100, e Katie Volynets, uma certeza americana, prometem elevar o nível.

Portugal está em campo. E as nossas jogadoras, mesmo cansadas da viagem, chegam com a alma cheia. Porque no ténis, como na vida, quem espera… não avança.

Percurso sinuoso para portuguesas.



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