O destino de um bicampeão chamado Borges
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Créditos: Mike Lawrence/ATP. Borges com o troféu na mão. |
Nuno
Borges regressa a Phoenix, onde a cidade norte-americana, situada no deserto, já testemunhou o
seu esplendor. Como um viajante que retorna a terras conquistadas, o português
traz na bagagem a glória de duas coroas e o fardo de as defender. O Challenger
de 175 mil dólares ergue-se à sua frente como um campo de batalha familiar,
onde cada ponto será um passo na eterna dança entre o destino e o esforço.
Com o
primeiro embate à espera do desfecho entre o britânico Jacob Fearnley (81.º) e
o australiano James Duckworth (97.º), Borges, observa do alto da condição de
primeiro cabeça de série. Ele não é somente um competidor — é o alvo. Cada
adversário vê nele a muralha a derrubar, a sombra a ultrapassar. Mas a
história, por vezes, insiste em repetir-se, e Phoenix já conhece o seu
bicampeão.
Se o
vento do Arizona soprar a seu favor, o maiato poderá cruzar espadas com o russo
Roman Safiullin, sétimo cabeça de série, ou até sentir a ameaça do espanhol
Pedro Martinez. Mas Borges é feito de fibra, de persistência, de passos firmes
em território hostil. A cada encontro, uma batalha; a cada vitória, um eco de
afirmação.
No outro
lado do quadro, o italiano Flavio Cobolli surge como um eco distante, a sombra
do segundo pré-definido. Ao seu redor, nomes como o alemão Struff, o japonês
Nishikori e o brasileiro João Fonseca tentam encontrar brechas para escrever as
suas próprias epopeias.
Mas
Phoenix tem uma história para contar. E o Lidador quer ser, mais uma vez, o seu
protagonista.
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