Tiago Pereira campeão no Maia Open

  🖋️Por: António Vieira Pacheco

📸 Créditos: Federação Portuguesa de Ténis

⏱️ Tempo de leitura: 4 minutos


Tiago campeão de pares no Maia Open.
O algarvio Tiago Pereira festeja o seu primeiro título Challenger de pares.

Primeiro grande título

Tiago Pereira encontrou finalmente o momento que perseguia: conquistou o seu primeiro troféu no ATP Challenger Tour, triunfando na competição de pares do Maia Open. O sucesso à terceira tentativa chega no fecho de uma temporada em que o jovem algarvio, de somente 21 anos, deu um salto notório na consistência, na maturidade e nos resultados.

Dupla afinada

Ao lado do búlgaro Alexander Donski, Pereira exibiu um ténis sólido e muito competitivo ao longo de toda a semana, culminando numa final de alto nível. Pela frente tiveram um par experiente e perigoso: o francês Theo Arribage — campeão em título e atual número 52 mundial da variante — e o croata Nino Serdarusic.

A dupla luso-búlgara impôs-se por 6-2 e 7-6 (6), fechando o encontro com autoridade num tiebreak emocionante que espelhou o equilíbrio da decisão.

Semana de ouro

O título não surge por acaso. Para levantar o troféu, Pereira e Donski tiveram de eliminar, em sequência, os primeiros, segundos e terceiros cabeças de série, num percurso que exigiu regularidade e excelência tática.
O triunfo no Maia representa o sexto título conjunto da dupla, que já somava cinco conquistas no circuito ITF — três delas em território português ao longo de 2024 (Faro, Vale do Lobo e Loulé).

Marco histórico na carreira

Com esta vitória, o português inscreve o seu nome na lista de 16 tenistas portugueses que já venceram um Challenger em pares. O impacto reflete-se também no ‘ranking’: uma escalada de 28 posições catapulta-o para o 181.º lugar mundial, o melhor registo da carreira, ultrapassando a marca que havia alcançado em julho.

O título em Maia surge como a confirmação de um ano de evolução clara. Pereira tem mostrado segurança no serviço, maior presença nas zonas decisivas e uma capacidade crescente de competir de igual para igual com jogadores habituados ao mais alto nível do circuito secundário.
Quis o destino que fosse em Portugal, diante do seu público, que o jovem atleta desse este passo importante na afirmação internacional.

A parceria com Donski, consolidada ao longo de alguns torneios, demonstra ter potencial para evoluir no panorama Challenger. O entendimento em court, a complementaridade de estilos e a confiança acumulada com títulos anteriores criam uma base sólida para ambições maiores.

Sinal para o futuro

Num circuito competitivo e imprevisível como o Challenger, cada vitória conta — mas um título marca. Para o filho de Pedro Pereira, este troféu representa muito mais do que um momento isolado. É um símbolo de progressão, de trabalho continuado e de promessa para as épocas seguintes.

A temporada fechou com chave de ouro. Agora, abre-se um horizonte onde o português chega não só mais forte, mas também mais preparado para continuar a escrever o seu caminho no ténis profissional. 2026 será o ano para assalto ao top 200 mundial? 

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