Heróis à mesa! Portugal vence a Espanha e sonha com medalha europeia
🖋️Por: António Vieira Pacheco
📸 Créditos: Federação Portuguesa de Ténis de Mesa
⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos
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| João Geraldo festeja triunfo frente à Espanha, um encontro emocionante. |
Vitória suada e qualificação garantida
Após vencer o Grupo D com um pouco de
drama à mistura, a Seleção Nacional masculina de ténis de mesa voltou a mostrar
porque é uma das forças mais respeitadas da Europa. Num encontro de nervos,
decidido ponto a ponto, Portugal superou a Espanha por 3-2, garantindo a
presença nos quartos de final do Campeonato da Europa e ficando a uma vitória
de conquistar uma medalha.
Em Zadar, na Croácia, a Espanha apresentou-se com uma
equipa de valor, jovem, aguerrida e tecnicamente muito bem preparada. Entre os
seus talentos destacou-se Juan Pérez, um júnior de grande qualidade que assinou
os dois pontos da sua equipa, cuja frieza competitiva surpreendeu mesmo os mais
experientes. Foi ele quem mais complicou as contas lusas, impondo ritmo,
coragem e uma energia que obrigou Portugal a jogar no limite.
Portugal responde com
experiência e espírito
coletivo
Mas a seleção portuguesa respondeu
com aquilo que a caracteriza: experiência, serenidade e espírito coletivo.
Tiago Apolónia, ainda a recuperar de um problema no joelho esquerdo, entrou em
campo com uma proteção preta, mas uma vontade imensa. Venceu uma das suas
partidas, perdeu outra, mas deixou no ar aquela sensação de entrega que define
os grandes atletas — aqueles que, mesmo em dor, continuam a lutar pelo símbolo
que trazem ao peito.
João Monteiro, com a experiência dos
seus anos ao mais alto nível, foi o pilar da equipa. O campeão mundial de
veteranos de mais 40 anos, cumpriu, venceu com autoridade e deu o exemplo
dentro e fora da mesa. E seria João Geraldo quem,
num duelo de cortar a respiração, selaria o triunfo português, confirmando o
3-2 final. O grito de vitória chegou carregado de emoção e alívio: Portugal
estava de novo entre os oito melhores do Velho Continente.
Ausência de Freitas
e
liderança de Rufino
Sem Marcos Freitas, ausente
por lesão, a equipa nacional soube reinventar-se. A liderança de Pedro Rufino,
selecionador nacional, foi determinante para manter a calma nos momentos de
maior incerteza. No final, as suas palavras refletiram o equilíbrio entre
realismo e orgulho:
“A Espanha tem uma geração muito
forte, que nos criou bastantes dificuldades. Eu e o banco fomos a transmitir,
ao longo do jogo, muita motivação e confiança a quem jogava. Era importante
pensar sempre positivo, mesmo nos momentos mais complicados. Sabíamos irmos ter
um encontro assim!”
Olhando para a
Eslovénia
Sobre o que segue, Rufino
manteve o foco e a humildade e afirmou em exclusivo ao Entrar no Mundo das Modalidades:
“A Eslovénia vai ser um duro
adversário, com uma equipa mais experiente e estilos de jogo completamente
diferentes da Espanha. Aos portugueses peço que acreditem na nossa equipa, que
já nos deu muitas alegrias em campeonatos da Europa e pode voltar a dar!”
Estas palavras ecoam mais do que
simples declarações — são o reflexo de uma filosofia. A ideia de que o ténis de
mesa português não vive exclusivamente de resultados, mas de trabalho,
paciência e crença. Cada ponto conquistado é fruto de um caminho feito de
sacrifício, de resiliência e de uma paixão antiga por representar um país
inteiro com dignidade.
À medida que Portugal se prepara para enfrentar a Eslovénia, amanhã, a chama mantém-se acesa. A seleção chega cansada, sim, mas viva — com o coração cheio e a alma firme. Está, mais uma vez, a uma vitória de escrever mais uma página dourada na história do ténis de mesa nacional.
Os parciais foram os seguintes:


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