Mais uma lesão para Gastão Elias: até quando resistirá?

 🖋️Por: António Vieira Pacheco

📸 Créditos: Federação Portuguesa de Ténis

⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos

Nova paragem para o tenista da Lourinhã.
Elias desiste da CT Porto Cup, devido a uma rotura muscular.

                                 Nova paragem por lesão

Gastão Elias, atualmente 305.º do ‘ranking’ ATP, viu a sua carreira ser novamente interrompida por uma rotura muscular no posterior da coxa. 

O tenista português retirou-se da lista de inscritos na CT Porto Cup, o Challenger organizado pela Federação Portuguesa de Ténis no Clube de Ténis do Porto, que arranca hoje. A ausência do atleta de 34 anos deixa o torneio sem uma das suas figuras mais aguardadas e levanta questões sobre o futuro competitivo do veterano.

Lesão persistente

Este não é um episódio isolado. Elias já havia sofrido a mesma lesão em maio deste ano, dois anos após ter sentido pela primeira vez durante a final do Challenger de Girona, em 2022. Lesões no posterior da coxa são particularmente delicadas no ténis, exigindo força, velocidade e mudanças rápidas de direção, fatores essenciais para qualquer jogador competitivo.

A reincidência destas lesões torna o regresso aos courts mais lento e cuidadoso, exigindo gestão rigorosa do treino e dos torneios.

Aos 34 anos, cada decisão sobre competir ou descansar pode impactar significativamente a longevidade da sua carreira.

Um percurso de referência

Apesar dos problemas físicos, o tenista natural da Lourinhã mantém um legado sólido. É o recordista nacional de títulos (10) e finais (23) no ATP Challenger Tour, estatísticas que o consolidam como um dos nomes maiores do ténis português. 

Elias é reconhecido por levar o ténis português a novos patamares, participando em torneios internacionais e acumulando experiências valiosas que servem de inspiração para a nova geração de tenistas lusos.

Perspetiva de regresso adiada

O regresso competitivo está agora previsto para meio de setembro, no ITF M25 de Setúbal. Até lá, a prioridade é garantir uma recuperação completa e minimizar o risco de novas recaídas.

Para um jogador experiente, gerir lesões recorrentes não é somente uma questão física. O desgaste mental, a frustração por paragens forçadas e a ansiedade sobre o futuro competitivo tornam cada decisão ainda mais crítica.

Futuro em aberto

Aos 34 anos, o Mágico encontra-se numa fase de reflexão sobre a carreira. Por um lado, mantém a vontade de competir e conquistar mais títulos, continuando a ser uma referência para o ténis português. Por outro lado, as limitações físicas e a recorrência de lesões colocam em dúvida a regularidade competitiva que ainda poderá manter.

Independentemente do caminho que decidir seguir, o seu legado está assegurado. A resiliência demonstrada ao longo da carreira, aliada ao talento e à capacidade de regressar após lesões, confirma-o como um dos maiores nomes do ténis nacional.

O torneio de Setúbal será o próximo teste à sua condição física e competitiva. Até lá, jogadores, fãs e imprensa acompanharão de perto a evolução de um atleta que, mesmo perante adversidades, continua a inspirar pela persistência e dedicação.

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