Fred Silva faz história no Porto: primeiras meias-finais Challenger e ambição renovada
🖋️Por: António Vieira Pacheco
📸 Créditos: Federação Portuguesa de Ténis
⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos
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Contra todas as dificuldades: a incrível campanha de Frederico Silva no Challenger do Porto, |
PORTO — O ténis português viveu um momento
especial em 2025 com a presença de Frederico Silva nas meias-finais da
CT Porto Cup, a primeira vez que o jogador das Caldas da Rainha atinge esta
fase num torneio Challenger.
Aos 30 anos, o único representante nacional no
fim de semana das decisões mostrou-se orgulhoso pelo caminho percorrido, mas
não esconde a ambição de ir ainda mais longe.
Um marco na carreira
Após várias participações no circuito
este ano, Fred conseguiu finalmente ultrapassar a barreira dos quartos de final
num torneio Challenger. A vitória frente ao espanhol David Jorda Sanchis,
por 7-5 e 6-4, abriu-lhe as portas das meias-finais.
“Estou bastante contente com o
encontro e com a vitória de hoje. Acaba por ser um marco para mim este ano, são
as primeiras meias-finais Challenger após algum tempo e isso obviamente
deixa-me contente. Mas também estou satisfeito pela forma como tenho conseguido
competir nestes encontros”, explicou o tenista na conferência de imprensa.
Trabalho, consistência
e mentalidade forte
Mais do que o resultado, Fred
destacou o processo de evolução que o tem acompanhado nos últimos meses. O
português salientou a importância da regularidade nos treinos e da solidez
mental, aspetos que considera essenciais para competir ao mais alto nível.
“Sinto que a consistência que tenho
tido nos treinos dá resultado nos torneios e isso deixa-me feliz”, referiu, sublinhando que a
capacidade de adaptação às condições adversas também fez a diferença no Porto.
A chuva durante o encontro complicou
as trocas de bolas, deixando o campo mais pesado e exigindo ajustes táticos
imediatos:
“Foram necessários alguns ajustes na
tática e tive de procurar soluções para que o máximo de pontos possível caísse
para o meu lado. Estava preparado para um encontro muito físico e para trocas
de bolas mais longas e foi também por isso que no final do segundo ‘set’
consegui agarrar um ou outro ponto que fizeram com que o encontro caísse para
mim.”
A quinta final em perspetiva
Com as meias-finais ultrapassadas,
Fred olha agora para a possibilidade de disputar a quinta final da carreira em
torneios Challenger — e, quem sabe, conquistar o tão desejado primeiro título
neste escalão.
“Espero usar isso como uma motivação extra para me trazer uma qualidade extra que vai ser precisa para ganhar de um adversário que, em teoria, é favorito e que tem um ‘ranking’ bastante melhor do que o meu”, afirmou o jogador do Centro de Alto Rendimento.
O desafio chamado Guy Den Ouden
Na meia-final, Fred defrontará o
neerlandês Guy Den Ouden, segundo cabeça de série da prova e especialista em
terra batida. Este reencontro traz à memória um duelo anterior, em que o
português saiu derrotado.
“Quando perdi com ele há quase um
ano, comentei com o meu treinador que tinha sentido que nem tinha feito um mau
jogo, mas que do outro lado havia uma qualidade acima da média dos Challengers.
Isso viu-se porque, entretanto, ele tem feito belíssimos torneios, tem
tido uma consistência ótima a este nível e sente-se muito confortável em
terra batida. Por isso sei que vai ser um encontro muito difícil”, analisou.
Um sinal positivo para
o ténis português
A campanha de Frederico Silva na CT
Porto Cup representa mais do que uma conquista pessoal: é também um sinal
positivo para o ténis português, que continua a procurar afirmação no
circuito internacional. A sua presença nas meias-finais mostra que, com
trabalho e resiliência, é possível competir de igual para igual com alguns dos
melhores jogadores da atualidade.
Seja qual for o desfecho da
meia-final frente a Den Ouden, o torneio do Porto já fica marcado como um ponto
de viragem na carreira do jogador das Caldas da Rainha, que continua a
acreditar que o melhor continua para chegar.
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