Júlia Leal cai nos quartos de final e encerra participação portuguesa no FOJE 2025
📸 Foto de destaque: COP
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Até para o ano FOJE
Portugal despediu-se
esta sexta-feira do torneio de ténis de mesa do Festival
Olímpico Europeu da Juventude (FOJE) 2025, após Júlia Leal ter sido eliminada nos quartos
de final do individual feminino.
A jovem atleta nacional cedeu frente
à ucraniana Diana Koliennikova, por 2-4, num encontro repleto de emoção
e reviravoltas, disputado no coração da capital da Macedónia do Norte.
A partida, que decorreu numa das
mesas principais do complexo desportivo de Skopje, parecia encaminhar-se para
uma vitória da portuguesa, que entrou determinada e venceu os dois primeiros
‘sets’ por 11–7 e 11–6, impondo um ritmo elevado e um serviço
agressivo. Com 2-0 no marcador, Júlia Leal parecia ter o controlo do jogo,
dominando os pontos curtos e explorando com eficácia o lado esquerdo da sua
adversária.
Contudo, a partir do terceiro ‘set’, Koliennikova
reagiu. A ucraniana ajustou o seu jogo, tornou-se mais sólida nas trocas longas
e começou a forçar erros não forçados por parte da açoriana. Venceu ambos os
‘sets’ seguintes por 11–7 e 11–6, empatando a partida e colocou
pressão adicional sobre a portuguesa.
Os dois últimos parciais foram disputados taco-a-taco. No quinto ‘set’, a portuguesa chegou a ter um ponto de ‘set’, mas acabou por ceder por 11–13 após uma sequência de erros no serviço. No derradeiro ‘set’, o equilíbrio manteve-se até ao final, mas foi Koliennikova a mostrar maior frieza nos momentos decisivos, fechando o encontro com 12–10 e garantindo o acesso às meias-finais.
Apesar da derrota, a atuação da açoriana no torneio é motivo de orgulho para o ténis de mesa nacional. Ao
atingir os quartos de final, a jovem lusa demonstrou consistência, maturidade
competitiva e espírito combativo frente a algumas das melhores atletas
europeias da sua geração.
Para além de atingir a eliminatória de acesso às meias-finais, Júlia realizou uma fase de grupos irrepreensível, com vitórias sólidas e
uma exibição técnica que não passou despercebida aos observadores presentes no
FOJE. A sua campanha confirma o seu estatuto como uma das esperanças do ténis
de mesa feminino em Portugal, num momento em que a modalidade procura novos
rostos para dar continuidade ao legado deixado por atletas como Fu Yu e Shao
Jieni.
Carlos Gonçalves também representou Portugal
Além da açoriana, Carlos
Gonçalves foi o outro representante português na competição de ténis de
mesa em Skopje. O jovem atleta masculino não conseguiu ultrapassar a fase de
grupos, embora tenha registado boas exibições e disputado partidas renhidas
frente a adversários de elevado nível técnico.
A sua participação foi marcada por um
conjunto de jogos equilibrados, onde a experiência e intensidade dos
adversários acabaram por fazer a diferença nos momentos cruciais. Apesar da
eliminação precoce, Gonçalves demonstrou potencial, e a experiência adquirida
num palco internacional como o FOJE será certamente valiosa para a sua evolução
desportiva.
Portugal despede-se do FOJE 2025
Com a eliminação de Júlia Leal nos
quartos de final, Portugal encerra assim a sua participação na edição de 2025
do Festival Olímpico da Juventude Europeia na vertente de ténis de mesa. A
prova, que reuniu jovens atletas de mais de 40 países, destacou-se não só pelo
nível competitivo elevado, mas também pelo ambiente de convívio e troca de
experiências entre jovens talentos do desporto europeu.
Para os representantes portugueses, a
participação no FOJE vai além dos resultados imediatos. Trata-se de uma etapa
crucial no processo de formação desportiva e pessoal, onde os jovens atletas
são expostos ao rigor de uma competição internacional, convivem com culturas
distintas e aprendem a lidar com a pressão de representar o seu país.
Um futuro promissor
A prestação de Júlia deixa
antever um futuro promissor para o ténis de mesa feminino em Portugal. A
capacidade de competir de igual para igual com atletas bem posicionadas nos
‘rankings’ europeus é sinal de que o trabalho desenvolvido pelas estruturas
técnicas nacionais, clubes e federações está a dar frutos.
Com apenas 17 anos, a nativa da ilha
Terceira, mostrou em Skopje que tem argumentos técnicos, mentais e físicos para
ambicionar mais. O próximo passo será dar continuidade à sua evolução, reforçar
o seu jogo em contextos de maior exigência e manter a consistência competitiva
ao longo das diferentes etapas do circuito juvenil.
A Federação Portuguesa de Ténis de Mesa tem reforçado o seu investimento na formação, com a integração de
atletas promissores no centro de treino de alto rendimento de Gaia e o aumento
da participação em torneios internacionais. Esta estratégia, aliada ao talento
de atletas como Júlia Leal e Carlos Gonçalves, poderá ser determinante para
recolocar Portugal entre as potências emergentes da modalidade na Europa.
O FOJE como trampolim
O FOJE, evento organizado pelo Comité
Olímpico Europeu, é reconhecido como uma das principais competições juvenis do
continente. Muitos dos atletas que hoje brilham nos Jogos Olímpicos e
Campeonatos do Mundo deram os primeiros passos internacionais neste evento, que
funciona como uma verdadeira rampa de lançamento para o alto rendimento.
A edição de 2025, em Skopje, voltou a
cumprir essa missão. Com instalações modernas, organização eficiente e um
ambiente de excelência competitiva, o evento permitiu que jovens talentos
portugueses, como Júlia, ganhassem visibilidade e testassem os seus
limites fora das fronteiras nacionais.
Embora a campanha portuguesa tenha
terminado nos quartos de final, o saldo é francamente positivo. A experiência
adquirida, as aprendizagens retiradas e a motivação reforçada para continuar a
evoluir são trunfos inestimáveis para o futuro dos jovens atletas nacionais.
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