Portugal organiza muito e conquista pouco
🖋️ Por: António Vieira Pacheco
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Gastão Elias é o português que ganhou mais títulos Challenger em solo português. |
Ténis Português no ATP Challenger: Balanço e Perspetivas
Jamor recebe o 99.º torneio do ATP
Challenger em solo português, um marco importante para o ténis nacional. Desde
2013, ano em que Vasco Costa assumiu a presidência da Federação Portuguesa de
Ténis, a realização destes torneios tem aumentado significativamente, embora os
títulos conquistados pelos portugueses ainda estejam aquém do desejado.
O primeiro título desta era foi
conquistado por João Sousa em Guimarães (2013) e o mais recente pertence a Jaime
Faria, em Oeiras (2024).
No total, os jogadores nacionais
somam nove títulos em singulares desde 2013, com um hiato entre 2014 e 2016,
anos sem qualquer torneio Challenger em Portugal.
Além disso, três portugueses perderam
finais em cinco ocasiões, mostrando uma presença crescente, mas ainda sem a
consistência dos países mais dominantes nesta categoria.
Na variante de pares, a dupla Nuno Borges e Francisco Cabral destaca-se como a única com títulos, cinco no total, conquistados entre 2021 e 2022.
📊 Número de torneios Challenger em Portugal: |
|
Ano |
Torneios |
2013 |
1 |
2017 |
1 |
2018 |
2 |
2019 |
3 |
2020 |
3 |
2021 |
9 |
2022 |
7 |
2023 |
8 |
2024 |
9 |
2025 |
6.º de 10 |
O crescimento desde 2021 é notável,
com um investimento claro na realização de eventos Challenger, sobretudo em
Oeiras, Braga, Maia e Porto.
🏆 Vencedores portugueses em torneios Challenger: |
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🥈 Finalistas vencidos: |
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👫 Títulos em pares:
A dupla Nuno Borges / Francisco Cabral é responsável por todos os títulos portugueses em pares no circuito Challenger. Foram cinco conquistas:
2021:
Oeiras (2x), Braga |
2022: Oeiras, Maia |
Crescimento ou estagnação?
Apesar da multiplicação de torneios,
os resultados em termos de títulos ainda são limitados. No entanto, o ténis
português demonstra sinais de renovação, com nomes como Nuno Borges e Jaime
Faria a emergirem com força. A consistência organizativa também é um ponto
positivo — o que pode criar um ciclo virtuoso de maior competitividade e
visibilidade internacional.
Será que a fartura de torneios produz
os resultados esperados? Essa é a pergunta que os fãs e dirigentes devem
continuar a fazer.
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