Henrique Rocha despede-se do Jamor a sonhar com Roland Garros
Por António Vieira Pacheco
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Créditos: FPT. Henrique Rocha aponta para o quadro principal de Roland Garros. |
Henrique deixa o Jamor de cabeça erguida e olhos postos em Paris
O último Oeiras Open da temporada
teve como grande destaque o embate entre Henrique Rocha e Gastão
Elias, um duelo geracional que, apesar do desfecho negativo para o jovem
portuense, deixou sinais claros de evolução. Derrotado após 3h06 de luta
intensa, o portuense destacou-se não só pela qualidade do jogo, mas também pela
forma como encara os próximos desafios — com confiança e ambição.
“Foi um encontro muito emocional”
A derrota por 6-7, 6-3 e 6-2 frente
ao experiente Gastão Elias não abalou o espírito combativo do tenista de 21
anos, que valorizou a experiência e o nível competitivo atingido:
“Foi um encontro muito emocional e
com muitos nervos à mistura. Estes encontros nunca são fáceis e nem sempre se
joga somente ténis, há um bocadinho mais do que isso, mas conseguimos ambos
fazer um bom jogo e o primeiro ‘set’ teve um nível incrível.”
Apesar do desgaste físico que sentiu
a partir do segundo ‘set’, Rocha manteve-se firme até ao fim:
“Comecei a ir-me um bocadinho abaixo
fisicamente, mas continuei a lutar e acho que não posso estar triste por esta
derrota. Fiz um bom encontro e antes jogasse muitos jogos assim.”
Uma semana de viragem
Esta presença no Jamor marcou uma
mudança positiva para o número dois português, que vinha de uma série de
oito derrotas consecutivas.
“No Estoril e em Praga já me tinha
sentido a jogar bem e consegui voltar ao caminho certo. Às vezes os treinos não
me têm corrido tão bem, mas esta vitória deu-me uma confiança extra.”
Henrique Rocha venceu na primeira
ronda e voltou a saborear um triunfo, algo que não acontecia há vários meses. A
curta passagem vitoriosa foi suficiente para renovar a motivação.
Paris: o próximo destino, o grande sonho
Com o Oeiras Open encerrado, todos os
caminhos levam agora a Paris, onde Henrique Rocha tentará alcançar um feito
inédito: entrar no quadro principal de Roland Garros.
“O objetivo é fazer o que fiquei
perto de conseguir na Austrália: chegar ao quadro principal. É o objetivo que
todas as pessoas têm quando vão jogar o qualifying e, para mim, é um sonho
desde que me lembro.”
Há um ano, estreou-se num torneio do
Grand Slam como profissional, precisamente em Roland Garros. Este ano, quer ir
mais longe — e acredita que está no caminho certo.
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