Derradeira esperança lusitana tomba no Jamor encharcado

                                                         Por António Vieira Pacheco

Créditos: FPT. Pedro Araújo, o 18.º oitavo português e último a cair numa primeira ronda.

O pó de tijolo de Oeiras não acolheu vitórias lusas este ano – apenas lições, talvez sementes para um futuro mais fértil.

Um fecho simbólico sob o céu cinzento de Oeiras, onde a chuva teimou em ditar o ritmo e o destino sorriu ao estrangeiro.

Pedro Araújo foi o último português a pisar o pó de tijolo no Oeiras Open 125 e, como os 17 que o antecederam – entre quadro principal e o qualifying dos dois torneios –, conheceu o mesmo desfecho amargo.

Inicialmente agendado para o Court Central, o duelo contra o suíço Remy Bertola (292.º ATP) acabou por ser transferido para o 18, após a chuva ter deixado o campo 14 impraticável. E mesmo aí, a atmosfera manteve-se pesada – não só no céu, mas no desenrolar do jogo.

O lisboeta de 23 anos, atual número seis nacional e 412.º do mundo, nunca encontrou real estabilidade na resposta ao serviço adversário. Do outro lado, o helvético de 26 anos, vindo da fase de qualificação, controlou os acontecimentos com serenidade e eficácia. Venceu por 6-3 e 6-1, em 68 minutos que pareceram confirmar uma inevitabilidade.

Araújo ainda arrancou o break no início do segundo ‘set’, como quem desafia o destino com um sopro de esperança. Mas Bertola respondeu com seis jogos consecutivos, desvanecendo o que restava do sonho português.

O saldo final para os portugueses do Oeiras Open Challenger 125 é duro de engolir:
18 derrotas em 18 encontros de singulares para os jogadores da casa.

O pó de tijolo não deu tréguas. Mas é no reencontro com a derrota que, tantas vezes, nasce o caminho da superação nesta prova do circuito secundário.

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