Matilde Jorge: em direção aos Grand Slams em 2026
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Créditos: FPT. Matilde Jorge sonha com os Grand Slams para o ano. |
Finda a participação individual no Oeiras
CETO Open ITF W100, Matilde Jorge saiu com algo que ainda não tinha: a primeira
vitória no quadro principal deste torneio. Mas mais do que esse triunfo
simbólico, a tenista vimaranense leva consigo boas sensações, bem mais
positivas do que as vividas na semana anterior no Jamor.
A temporada de terra batida segue
agora o seu curso, com a jovem a apontar baterias para a consistência e para a
construção de um ‘ranking’ que a leve a novos palcos.
Wimbledon? Um bónus, não uma obsessão
Se para muitos o horizonte se pinta a
verde no All England Club, Matilde mantém os pés bem assentes no pó-de-tijolo.
“Como é óbvio, quero muito ir a
Wimbledon, mas focar-me nisso não me ajuda de todo.”
Com pontos importantes a defender
entre setembro e o final do ano — onde somou o primeiro título ITF e duas
finais —, a jovem de 21 anos prefere a estabilidade ao desespero por estreias em
Grand Slams.
“O meu objetivo é ter um ano
consistente para começar a jogar os Grand Slams para o ano. Se jogar Wimbledon,
perfeito, mas não há problema se não jogar este ano.”
A consistência acima do desejo
Nem Roland Garros era, à partida, uma
meta traçada para o corrente ano.
“Claro que quero muito jogar Roland
Garros ou Wimbledon, simplesmente não quero muito ganhar só para atingir isso.”
A ideia é simples e forte: a ambição
é ser melhor, e não somente estar nos grandes palcos. Quando o trabalho for
sólido e os resultados constantes, os maiores torneios aparecerão como
consequência natural.
O topo nacional poderá estar ao virar
da esquina — e pela primeira vez desde 2018, não será Francisca Jorge a
ocupá-lo. A diferença entre irmãs nunca foi tão pequena, mas Matilde recusa
comparações fáceis:
“Não competimos uma com a outra. Cada
uma faz o seu caminho.Se for número um sem estar nos Grand Slams também não me motiva. Quero é
chegar aos Grand Slams e ser a minha melhor versão.”
O que ficou do CETO
A derrota frente à belga Greet
Minnen, top 100 mundial, foi um teste duro. Apenas pela quinta vez enfrentou uma jogadora deste calibre. Saiu com lições, e com consciência:
“Senti muita negatividade, muito
desconforto. Mas houve melhorias face ao Jamor, sobretudo na movimentação em
terra batida.”
Na variante de pares, o objetivo é
claro: voltar a conquistar o título no CETO, tal como em 2024. Além disso, há
também a ambição — ainda que menos central — de entrar no top 100 mundial de
pares, onde já mora a irmã mais velha.
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