João Domingues renasce para o jogo
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Créditos: FPT. Português feliz com o regresso. |
O sorriso de João Domingues na sala de conferências do Oeiras Open 125 era mais do que um gesto —
era um sinal. Ainda que a derrota na primeira ronda do qualifying pudesse
sugerir outra coisa, o dia foi feliz. O reencontro com os campos de ténis, seis
meses depois do último jogo, chegou sem dor e com esperança renovada.
Com serenidade, Domingues refletiu
sobre o momento: “Tive seis meses muito complicados, por isso hoje tentei
desfrutar ao máximo. Sei que não foi um bom encontro, longe disso, e ainda
tenho muita coisa para melhorar, mas saio satisfeito porque tive dores em todo
o lado, menos num — a parte de baixo das costas, onde me lesionei — o que é
positivo. Gosto muito de estar em torneios, já tinha saudades e agora
adivinha-se um longo caminho.”
A jornada de recuperação foi lenta e,
por vezes, incerta. O jogador de Oliveira de Azeméis desabafou ao recordar os
primeiros tempos após a lesão: “Fiquei cinco meses sem treinar e nos
primeiros tempos doíam-me as costas a vestir as calças, os calções, as meias,
por isso foi muito complicado. Demorei quatro meses até recomeçar no mini ténis
e foram tempos complicados. Tive fases, até porque foi uma lesão em que nunca
me deram um tempo, sempre foi uma incógnita. Nunca sabia quando é que ia poder
voltar a treinar, por isso agora estou muito feliz.”
Mais do que a recuperação física, o
regresso trouxe-lhe emoções esquecidas: “Nos últimos três dias senti uma
sensação incrível. Aquele nervosismo antes de jogar — diga-me que é disto que
gosto, e que continuo a querer.”
Este regresso, ainda longe do João
mais competitivo, foi encarado como um ensaio de superação: “Foi um teste. Nas
últimas três semanas acabei sempre por ter algumas dores após alguma carga, mas
saio com sinais positivos. Sei bem que ainda me faltam muitos índices de força,
de explosão e de movimentação porque não estou treinado e estou completamente
sem ritmo, mas só vou recuperar com encontros.”
Agora que voltou a sentir o prazer de
empunhar a raqueta, Domingues reconhece o que o espera: “Agora
começa a parte mais difícil.”
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