João Domingues renasce para o jogo

                                                                Por António Vieira Pacheco
O regresso do tenista de Oliveira de Azémeis, após o calvário da lesão.
Créditos: FPT. Português feliz com o regresso.

O sorriso de João Domingues na sala de conferências do Oeiras Open 125 era mais do que um gesto — era um sinal. Ainda que a derrota na primeira ronda do qualifying pudesse sugerir outra coisa, o dia foi feliz. O reencontro com os campos de ténis, seis meses depois do último jogo, chegou sem dor e com esperança renovada.

Com serenidade, Domingues refletiu sobre o momento: “Tive seis meses muito complicados, por isso hoje tentei desfrutar ao máximo. Sei que não foi um bom encontro, longe disso, e ainda tenho muita coisa para melhorar, mas saio satisfeito porque tive dores em todo o lado, menos num — a parte de baixo das costas, onde me lesionei — o que é positivo. Gosto muito de estar em torneios, já tinha saudades e agora adivinha-se um longo caminho.”

A jornada de recuperação foi lenta e, por vezes, incerta. O jogador de Oliveira de Azeméis desabafou ao recordar os primeiros tempos após a lesão: “Fiquei cinco meses sem treinar e nos primeiros tempos doíam-me as costas a vestir as calças, os calções, as meias, por isso foi muito complicado. Demorei quatro meses até recomeçar no mini ténis e foram tempos complicados. Tive fases, até porque foi uma lesão em que nunca me deram um tempo, sempre foi uma incógnita. Nunca sabia quando é que ia poder voltar a treinar, por isso agora estou muito feliz.”

Mais do que a recuperação física, o regresso trouxe-lhe emoções esquecidas: “Nos últimos três dias senti uma sensação incrível. Aquele nervosismo antes de jogar — diga-me que é disto que gosto, e que continuo a querer.”

Este regresso, ainda longe do João mais competitivo, foi encarado como um ensaio de superação: “Foi um teste. Nas últimas três semanas acabei sempre por ter algumas dores após alguma carga, mas saio com sinais positivos. Sei bem que ainda me faltam muitos índices de força, de explosão e de movimentação porque não estou treinado e estou completamente sem ritmo, mas só vou recuperar com encontros.”

Agora que voltou a sentir o prazer de empunhar a raqueta, Domingues reconhece o que o espera: “Agora começa a parte mais difícil.”

 

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