Chuva adia esperanças lusas no Oeiras Open

                                                         Por António Vieira Pacheco
Pedro Aeaújo e Henrique Rocha ainda não pisaram a solo o Jamor.
Créditos: FPT. Chuva surgiu em força e adiou a estreia de Henrique Rocha e Pedro Araújo a solo.

No Jamor, onde os relvados respiram história e o ténis se entrelaça com a brisa atlântica, a chuva voltou a marcar o ritmo dos acontecimentos — ou, talvez, a suspendê-los. No palco molhado do Oeiras Open  Challenger 125, foi ela, a protagonista imprevista, quem interrompeu os sonhos e adiou, mais uma vez, as esperanças portuguesas.

Henrique Rocha, portuense que ocupa o 203.º lugar no ‘ranking’ mundial, e Pedro Araújo, lisboeta atual 412.º ATP, preparavam-se para dar cor nacional a um torneio tecido entre aguaceiros. Ambos tinham estreia marcada no Court Central esta quarta-feira, prontos para enfrentar dois adversários de mão firme: o espanhol Alejandro Moro Canas, lucky loser e 156.º ATP, e o suíço Remy Bertola, proveniente da fase de qualificação, com o número 249 às costas.

Contudo, a chuva, teimosa e quase poética na sua cadência, caiu com insistência e forçou a suspensão da jornada ainda durante o segundo encontro feminino do dia. As nuvens, cúmplices do silêncio nas bancadas, empurraram para quinta-feira o momento de entrada em cena dos dois sobreviventes portugueses.

Rocha e Araújo carregam agora não só a esperança de contrariar uma tendência pouco feliz para os representantes lusos nesta edição, como também a vontade de devolver ao público do Jamor o som seco de uma bola bem batida. Até lá, o complexo permanece em pausa, escutando cada gota que cai como se fosse um compasso de espera.

Porque, no ténis — como na vida — há partidas que só começam quando a chuva decide parar.

 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

FPT continua em festa

Gilberto Garrido é um farol da Madeira

José Santos, o árbitro mais antigo do ténis de mesa