Um quilo de algodão não é igual a um de ouro
Portugal e a nova
armada do ténis:
25 tenistas com pontos ATP
Portugal conta hoje com uma
impressionante armada de 25 tenistas a somar pontos ATP, excluindo João Sousa,
que já se retirou do circuito profissional. Este número, bastante expressivo,
reflete a crescente realização de torneios internacionais em território
nacional — uma conquista de relevo para o desporto português.
Desafios da geração anterior
Na geração de Manuel Sousa, José
Manuel Cordeiro e Pedro Cordeiro, conquistar um ponto ATP era tarefa árdua.
As exigências eram elevadas e os portugueses tinham de superar obstáculos
imensos para se destacarem e alcançarem o ‘ranking’ mundial. O acesso aos
pontos era limitado e muitas vezes dependia de percursos duros, com poucos
torneios disponíveis e um claro défice de investimento no ténis nacional.
Mais oportunidades no circuito atual
Hoje, o cenário é bastante diferente.
A proliferação de torneios do escalão mais baixo do circuito internacional —
como os da ITF e ATP — aumentou significativamente as oportunidades.
Atualmente, basta vencer uma ronda no quadro principal de uma dessas competições
para conquistar um ponto ATP. Esse novo sistema, mais acessível, permitiu que
uma nova geração de atletas entrasse na hierarquia mundial com maior
facilidade.
Os “wild-cards” atribuídos
pelas organizações também desempenham um papel crucial, oferecendo a muitos
jogadores portugueses a oportunidade de disputar torneios de relevo e somar os
tão desejados pontos.
Investimento e condições melhoradas
Apesar de o esforço para alcançar o
topo do ‘ranking’ continuar exigente, a mudança na estrutura dos torneios, a
evolução do circuito e o investimento da Federação Portuguesa de Ténis criaram
melhores condições — tanto para jovens promessas como para nomes já
consagrados. Exemplo disso são Gastão Elias e Frederico Silva, que voltaram a
competir em torneios ITF/ATP sem sequer precisarem de sair do país, algo
impensável há uma década.
A exceção de João Sousa
É importante, no entanto, lembrar que
a chamada “geração de ouro” chegou ao Top 100 mundial sem esse conforto
logístico. A exceção foi João Sousa, que iniciou a sua carreira em Espanha —
numa altura em que o ténis português ainda carecia de estrutura.
O cenário atual demonstra que o ténis português cresce e conquista visibilidade no panorama internacional. Um sonho antigo, que começa, finalmente, a ganhar forma.
Qual é o seu tenista
português favorito? Conte-nos nos comentários e vamos juntos apoiar o
crescimento do ténis nacional!

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