Os inovadores nos equipamentos de ténis de mesa
🖋️Por: António Vieira Pacheco
📸 Créditos: Federação Internacional de Ténis de Mesa
⏱️ Tempo de leitura: 3 minutos
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| A modalidade no início do século XX. |
O ténis de mesa, hoje reconhecido
mundialmente como um desporto rápido, técnico e emocionante, deve muito a
visionários que transformaram não somente a forma de jogar, mas também os
equipamentos utilizados.
Os verdadeiros revolucionários do
desporto não se limitaram à habilidade com a raquete. Eles criaram inovações
que mudaram para sempre a dinâmica do jogo, permitindo maior velocidade, efeito
e controlo.
Ivor Montagu foi o pioneiro britânico
Um dos nomes mais influentes na
história do ténis de mesa é o britânico Ivor Montagu (1904–1975), uma
figura multifacetada: cineasta, roteirista, produtor, escritor, jogador de
ténis de mesa e ativista político.
Montagu teve um papel central na estruturação
do desporto, fundando a Federação Internacional de Ténis de Mesa (ITTF)
em 1926, instituição que ainda hoje regula a prática global do desporto.
Além do seu papel institucional,
Montagu introduziu uma das inovações mais significativas: a bola de
celuloide. Antes disso, a bola utilizada era de cortiça, pesada e com pouca
consistência, limitando velocidade e efeitos.
A substituição pela bola de celuloide permitiu partidas mais rápidas e técnicas mais complexas. Esta alteração influenciou diretamente a evolução do jogo moderno.
O impacto dessa mudança foi tão grande
que hoje é difícil imaginar o ténis de mesa sem a bola que Montagu ajudou a
popularizar.
Sabia que
Montagu também era
conhecido pelo seu papel em diplomacia internacional através do desporto. Ele promoveu torneios que aproximavam jogadores de diferentes países, mostrando
que o ténis de mesa podia ter um papel social além do competitivo.
Ichiro
Ogimura: Inovação e diplomacia japonesa
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| Ogimura em ação nos primórdios das invenções. |
Outro nome essencial na revolução do ténis de mesa é o japonês Ichiro Ogimura (1932–1994), campeão mundial e número 1 do mundo em várias ocasiões.
Ogimura não só brilhou nas mesas,
conquistando 12 títulos mundiais, como também se destacou como treinador e
dirigente. Igualmente foi presidente da ITTF e uma figura central na chamada “Ping-Pong
Diplomacy” durante os anos 1970.
Além do papel diplomático, Ogimura inovou significativamente no ‘design’ das raquetes. Ele experimentou diferentes combinações de madeira e materiais, criando lâminas que equilibravam velocidade e controlo de forma inédita.
As raquetes Ogimura permitiam golpes
potentes com precisão, ajudando jogadores a desenvolverem técnicas mais agressivas
e estratégicas. Até hoje, muitas raquetes modernas seguem princípios baseados
nos seus ‘designs’.
Curiosidade: Ogimura foi um defensor do ténis de mesa como ferramenta de união entre culturas. Graças à sua influência, o desporto ajudou a promover aproximações históricas, como encontros entre a Coreia do Norte e a do Sul em torneios internacionais.
A revolução do equipamento e do jogo
Além de Montagu e Ogimura, muitos
outros inovadores contribuíram para o avanço do ténis de mesa. Cada mudança no
equipamento, desde bolas mais leves até lâminas com novos tipos de borracha,
elevou o nível do jogo, permitindo que técnicas antes impossíveis se tornassem
realidade.
A evolução do material das raquetes e da borracha foi crucial para aumentar a velocidade e os efeitos da bola. O jogo tornou-se mais dinâmico e estratégico.
Os jogadores modernos conseguem variar ‘spins’, controlar o ritmo e executar ataques com precisão impressionante. Um reflexo direto das inovações do passado.
O
legado
O impacto desses pioneiros é evidente
não apenas no presente, mas também no futuro do desporto. Graças às melhorias
introduzidas por Montagu, Ogimura e outros, o ténis de mesa tornou-se mais
competitivo, técnico e emocionante. As gerações de atletas que hoje treinam e
competem beneficiam diretamente dessas inovações, podendo explorar estratégias
mais complexas e estilos de jogo mais sofisticados.
O legado desses visionários não se
limita ao equipamento. Eles mostraram que o ténis de mesa pode ser uma
ferramenta cultural e social, aproximando pessoas e países, ao mesmo tempo que
eleva o desporto a novos patamares de desempenho.
Curiosidade: até a atualidade, muitos
torneios internacionais ainda usam princípios de organização e ‘design’ de
equipamento inspirados nas recomendações originais de Montagu e Ogimura,
mostrando a durabilidade do seu impacto.
A criatividade do passado
O ténis de mesa que conhecemos hoje é o resultado direto da criatividade e da dedicação de pioneiros que olharam além das mesas de jogo.
Ivor Montagu revolucionou a experiência com a bola de celuloide, enquanto Ichiro Ogimura aperfeiçoou o ‘design’ das raquetes e promoveu o desporto como um veículo de união cultural.
Juntos, e acompanhados
de muitos outros inovadores, moldaram um jogo mais rápido, estratégico e
emocionante, deixando um legado que inspira futuras gerações.
Graças a essas contribuições, o ténis
de mesa continua a evoluir, sem perder a essência que tornou o desporto tão
cativante.
Cada ponto jogado hoje carrega a
herança de visionários que não se contentaram com o estado atual do jogo — eles
imaginaram e construíram o futuro.
As gerações futuras de atletas, fãs e inovadores continuarão certamente a beneficiar dessa visão pioneira, mantendo o espírito revolucionário vivo em cada partida.
Atualizado em 29 de agosto de 2025.
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