Que obstáculo, Rune, Nuno Borges
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Créditos: ATP. Maiato pensativo com o sorteio 1000 Monte Carlo. |
O sorteio não sorriu ao português. E
a sorte, quando não está ao lado, pode ser dura. Nuno Borges viu-se frente a
frente com o dinamarquês Holger Rune, o 12.º do mundo, numa primeira ronda dos
Masters 1000 de Monte Carlo que, desde o início, parece um desafio imenso. O
destino, de mãos invisíveis, lançou-lhe uma tarefa difícil logo à partida, mas
no circuito do ténis, parecendo difícil também é onde se forjam as grandes
vitórias.
Rune, com a sua classe inconfundível,
atravessa uma fase de cuidados, a sombra do joelho que o limita e o impede de
brilhar como de costume. O jogador dinamarquês devia ter jogado uma exibição na
arena de Nimes, em França, mas o corpo não permitiu. A prudência fez-se mais
forte do que o desejo de estar em jogo, e o escandinavo só voltará quando se sentir a
100%. A sua recuperação é a prioridade, e é essa cautela que o acompanha no
caminho até Monte Carlo. Poderá desistir e dar o lugar a um lucky loser.
Esperemos.
Mas, para o Lidador, 43.º mundial, o
sorteio é um golpe de realidade. A pressão do adversário de topo pesa, mas não
o intimida na estreia neste Masters monegasco. Sabe que, muitas vezes, o cenário mais difícil é o que oferece a
oportunidade de maior crescimento. A sorte não sorriu, mas isso não significa
que o jogo esteja perdido. O português, de 28 anos, encara o desafio com a mesma
determinação de sempre, pronto para lutar e dar tudo o que tem.
Nos Masters 1000 de Cincinnati, do ano passado, e do
ATP 500 de Acapulco, em 2023, onde Rune mostrou a sua superioridade com
vitórias de 6-3 e 7-6 (8) e 6-0 e 6-2, respetivamente, já é história. O que importa
agora é o presente, o jogo que está prestes a acontecer, onde qualquer coisa
pode acontecer. Monte Carlo será o palco onde, mais uma vez, o ténis se
transforma numa batalha de forças, talentos e, talvez, um pouco de sorte — ou
da falta dela.
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