Relva rente ao sonho: Cabral e Miedler caem nos detalhes em Estugarda
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Créditos: FPT. Cabral sussurra a Miedler para talvez dar uma sugestão na resposta ao serviço. |
Dois tiebreaks, uma dor: Cabral cai de pé em Estugarda
Francisco Cabral esteve a dois tiebreaks de fazer
história. O portuense de 28 anos e o seu parceiro austríaco, Lucas Miedler,
procuravam alcançar a primeira final ATP da carreira do português em relva — e
não faltou muito.
Na meia-luz do fim de tarde em
Estugarda, a dupla luso-austríaca caiu diante de Santiago Gonzalez (México) e
Austin Krajicek (EUA), segundos cabeças de série, com parciais de 7-6(5) e
7-6(3), ao cabo de 1h45 de luta milimétrica.
Não houve quebras de serviço. Mas
houve tensão em cada devolução, milímetros entre a glória e o quase. Cabral e
Miedler até criaram mais oportunidades de break — quatro contra dois — mas não
conseguiram converter nenhuma. Os tiebreaks foram o veredito. E ali, os
favoritos não falharam.
A relva é um palco traiçoeiro
A relva — superfície onde a bola
escapa, salta menos, exige instinto — não perdoa hesitações nem falhas de
leitura. E embora não tenham vencido, Cabral e Miedler confirmaram-se
como dupla competitiva, capaz de pôr em xeque os nomes grandes do circuito.
A jornada prossegue agora em Halle,
no ATP 500 alemão, onde disputarão o qualifying. Mais uma oportunidade, mais um
degrau nesta caminhada que o portuense vai desenhando, ponto a ponto,
corte a corte.
Porque no ténis, como na vida, às
vezes é preciso perder por dois tiebreaks para entender o quanto já se avançou.
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